Telmo: Quando sentir-se desenquadrado se torna recorrente

Eu Dou a Cara

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Uma desmotivação extrema que não permite sair da cama.

Telmo sentia-se recorrentemente desenquadrado. Tinha dificuldade em criar ligações, sentia-se à parte, tinha sempre a sensação de que as pessoas à sua volta estavam contra si. Percebia que era diferente, percebia que não era fácil comunicar o que pensava e, aos poucos, começou a perceber que havia espaço para se ajudar e comunicar melhor quem era e o que sentia. Quando percebeu que a vontade de estar na cama era cada vez mais e a vontade de interagir com outros cada vez menos, percebeu também que precisava de ajuda.

Sozinho não estava a conseguir gerir as suas emoções. E a verdade é que Telmo queria vencer os seus bloqueios. Procurou ajuda psicoterapêutica e, com uma força inabalável, conseguiu desapegar-se da “bagagem” que o limitava. Porque as perturbações emocionais são muitas vezes isto, bagagem que se arrasta e dificulta que sigamos em frente.

O Telmo não deixou de ser quem é, de acreditar no que acredita, mas, ao longo do processo de recuperação, abriu uma via de comunicação com todos os que o rodeavam e foi capaz de olhar para as interações sociais com outros olhos. Hoje dá a cara por uma causa tão importante: cuidar da Saúde Mental.