Susete: Um Caminho De Autoconhecimento
Quando Cuidar dos Outros Apaga Quem Somos
Desde muito nova, Susete assumiu o papel de cuidadora. Esse instinto, tão valorizado socialmente, tornou-se um modo de vida — um modo de silenciar a própria dor. Entre o trabalho, os filhos e as exigências diárias, ela foi deixando para trás algo fundamental: ela própria.
"Desde pequenina que fui cuidadora. E, ao sermos cuidadores, arranjamos estratégias. Não é esconder… é como se nem existíssemos. Não temos tempo para isso."
Durante 20 anos, não chorou. Não porque não houvesse motivo, mas porque o corpo e a mente aprenderam a guardar, a seguir em frente, a suportar.
"O meu impacto maior foi mesmo em termos de saúde física. Cansaço, ansiedade, mil sintomas… mas sem manifestação emocional. Não chorava. Estive 20 anos sem chorar."
A certa altura, o corpo começou a manifestar o que a mente insistia em calar. Era o sinal de que precisava de ajuda — e não bastava continuar a 'dar conta do recado'.
O Primeiro Passo: Reconhecer a Necessidade de Parar
A procura por ajuda não nasceu de uma crise dramática. Nasceu de um confronto mais subtil, mas igualmente poderoso: o confronto com o desenvolvimento pessoal.
"Fui percebendo que havia coisas que eu não tinha resolvido. E que enquanto não resolvesse, não ia conseguir ajudar ninguém."
Ouvir isso de um formador de coaching, num momento em que ela própria tentava aprofundar o seu crescimento, teve um impacto profundo.
"O trainer disse-me: 'Vai pedir ajuda. Eu não te consigo ajudar. Nenhum de nós vai conseguir ajudar-te.' E ele estava certo."
Aceitar isso foi difícil. Afinal, sempre fora aquela que ajudava os outros. Pedir ajuda exigiu coragem. Mas também foi o ponto de viragem.
O Encontro com a Clínica da Mente
Foi essa busca por "algo diferente" que levou Susete à Clínica da Mente. Desde a primeira consulta, sentiu que o espaço era seguro, sem julgamento, e com espaço para olhar para dentro — verdadeiramente.
"Vim à procura de algo diferente. O método aqui tocava pontos que eu já conhecia da PNL, inteligência emocional… mas aqui era mais profundo."
A empatia da terapeuta e a estrutura do tratamento fizeram com que Susete, que sempre precisou de sentir controlo, pudesse soltar gradualmente essa necessidade.
"Se me dissessem há uns anos para fazer hipnoterapia, eu fugia. Achava que ia perder o controlo. Mas percebi que, afinal, não se perde nada. Pelo contrário — ganhamos espaço interno para ir mais longe."
Essa confiança foi essencial para que se permitisse sentir e falar, não como a mulher funcional e forte que todos conheciam, mas como alguém que também precisava de colo, de pausa, de reconexão.
Superar o Medo da Imperfeição
Um dos grandes desafios de Susete foi aceitar que não era perfeita — e que não precisava de ser.
"Levo comigo uma coisa muito importante: aceitar que posso falhar. E desculpar isso, sem ficar a remoer. Isso mudou muita coisa."
Durante o tratamento, aprendeu a parar, a respirar, a distinguir o que pode ou não controlar. Pequenos gestos que, acumulados, trouxeram liberdade.
"Antes tentava fazer mil coisas de uma vez para sentir controlo. Agora aprendi a parar e perguntar: vale a pena tentar controlar isto? Só essa pausa já muda tudo."
Essa transformação não é apenas mental. Foi sentida também no corpo — menos tensão, menos cansaço extremo, mais capacidade de estar no presente.
Um Processo que Reorganiza por Dentro
Susete encontrou um processo sólido e gradual, onde pôde arrumar temas antigos, encontrar explicações e ressignificar momentos difíceis com a Dra. Ângela.
"Fui arrumando os pontinhos. Uns que já conhecia, outros que descobri no processo. E isso organizou muita coisa cá dentro."
A relação terapêutica foi fundamental para o sucesso do tratamento, criando um ambiente de confiança e empatia.
"Volto a falar da Dra. Ângela e na ligação que criei com ela que foi uma relação de empatia e conexão efetiva."
Ela reconhece que, para quem nunca meditou, respirou conscientemente ou experimentou hipnoterapia, pode ser estranho no início. Mas deixa uma mensagem clara:
"O ideal é as pessoas acreditarem no processo mesmo sem o entenderem. Porque se deixarem ir, o resultado é extraordinário. Melhor do que imaginavam."
Hoje, Susete sente que recuperou o espaço que nunca teve. Ganhou liberdade interior para ser mais do que o papel de cuidadora. Aprendeu que cuidar de si é também um ato de amor pelos outros.
Uma Nova Forma de Estar
Susete continua em processo. Há incertezas, há dias difíceis. Mas hoje, sabe onde está, sabe onde voltar, sabe o que fazer. E já não vive em modo automático.
"Sou mais consciente. E, acima de tudo, mais gentil comigo própria."
O tratamento não mudou apenas a forma como lida com a ansiedade — mudou a forma como se vê a si mesma. De alguém que só existia para os outros, para alguém que também existe para si.
"Somos todos humanos. Precisamos todos de ajuda. E pedir ajuda não é fraqueza — é maturidade."
A história de Susete mostra que, mesmo sem um ponto de rutura dramático, é possível transformar profundamente a vida quando se escolhe parar, escutar-se e confiar num processo terapêutico seguro e respeitador.
Você também se sente perdido no papel de cuidador?
Na Clínica da Mente, compreendemos como é fácil perder-se de si mesmo quando se está sempre a cuidar dos outros. A nossa abordagem terapêutica ajuda-o a reencontrar o equilíbrio entre cuidar dos outros e cuidar de si.
Assim como a Susete, você também pode encontrar um caminho para o autoconhecimento e uma relação mais saudável consigo mesmo.
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Assista ao vídeo completo do testemunho da Susete na série "Eu Dou a Cara" da Clínica da Mente: