Emilia: Passei De Quinze Para Zero Comprimidos
Uma Vida Limitada pela Fibromialgia
Em 1995, Emília recebeu um diagnóstico que alteraria radicalmente o rumo da sua vida: fibromialgia. Com dores constantes, cansaço extremo e episódios de depressão, a sua existência ficou marcada pela frustração e pela sensação de impotência.
"Tinha constantemente depressões, não estava a saber lidar com a situação. Estava a tomar imensa medicação que não atuava em nada, não sentia diferenças nenhumas."
Ao longo dos anos, a medicação acumulava-se — até 15 comprimidos por dia —, sem qualquer melhoria visível. A dor persistia. Mas o mais difícil era o que ninguém via: a solidão de uma doença invisível.
"Um cansaço extremo, depois a indiferença das pessoas que não compreendem. E quando dizemos 'estamos mal', como não temos nada visível, perguntam: 'Mas estás mal porquê? Estás cansada porquê?' E isso deixa-nos ainda pior."
Sentindo-se incompreendida e sem alternativas, Emília isolou-se.
"Todos os momentos que tinha fora do horário de trabalho, eu passava-os em casa, se possível na cama. Isolei-me bastante de estar com pessoas."
O Encontro Inesperado com a Mudança
Foi na internet que encontrou, por acaso, algo que viria a transformar a sua vida: um estudo da Clínica da Mente. Sem expectativas, decidiu candidatar-se.
"Vi que estavam a programar um estudo, candidatei-me. Tive a felicidade de ser escolhida, porque foi a melhor coisa que me podia ter acontecido. Foram anjos que Deus colocou no meu caminho, digo isto do coração."
O acolhimento e a metodologia diferente fizeram-na sentir, pela primeira vez em muitos anos, que estava a ser verdadeiramente ouvida.
"Conversando, falando com quem nos ouve e nos entende... Foi resolvido aqui, na Clínica da Mente."
A sua maior surpresa foi perceber que a raiz de muitos dos seus problemas não estava apenas no corpo, mas em feridas emocionais não curadas — algumas há décadas.
"Pensei que tudo isso estava resolvido na minha cabeça, mas não estava. Quando me fizeram recordar a minha infância, a minha adolescência, o meu início de vida como mulher, eu percebi que muita coisa não estava resolvida."
A Relação Terapêutica: Diálogo que Cura
O que mais marcou Emília foi o espaço de escuta real que encontrou na Clínica da Mente. Pela primeira vez, sentiu-se compreendida — sem pressões, diagnósticos apressados ou julgamentos.
"Tratamos um global de problemas que se acarretam na nossa cabeça. Aprendemos a dar valor ao que tem valor e a desvalorizar coisas que achávamos que tinham tanto significado e afinal não têm nenhum."
Através do método HBM, Emília começou a reorganizar os seus pensamentos e emoções. O impacto foi tal que as dores, embora não tenham desaparecido, deixaram de a controlar.
"Não vou dizer que a nível físico melhorei ou que foi uma mudança radical, mas sei lidar com a situação. Sei lidar com as dores, sei lidar com o cansaço. Eles estão lá, mas eu consigo ser mais forte."
Do Medicamento à Autonomia: Um Renascimento
Se antes tomava 15 comprimidos por dia, hoje Emília não toma nenhum.
"Passei de 15 comprimidos por dia... Hoje não tomo nada. Zero. Era para dormir, era para acordar… hoje não tomo nada e sinto-me muito melhor."
Esta transformação, para além de física, foi um símbolo de autonomia. Mais do que depender de químicos para se sentir viva, Emília passou a confiar no próprio corpo e nas ferramentas que a terapia lhe deu.
"Acho que nos intoxicam de medicação, e nós não precisamos só disso. Precisamos é de nos reorganizar aqui dentro."
Ela voltou a conduzir, a sair de casa, a vestir-se com vontade. Pequenos gestos que, anos antes, pareciam impossíveis.
"Deixei quase de ser capaz de conduzir, e hoje voltei ao que era. É para ir para ali? Vamos picar no carro e andar!"
Uma Nova Perspetiva sobre a Vida
As mudanças não ficaram apenas no plano individual. Emília passou também a ter uma nova atitude face às expectativas dos outros. Deixou de esperar compreensão e aprendeu a valorizar a sua própria experiência.
"Sou eu, eu é que sei como estou, eu é que sei aquilo que posso fazer e até onde posso ir."
Ela voltou a sentir gosto pela vida — mesmo nos dias em que as dores ainda aparecem.
"Tenho o gosto em viver, tenho o gosto em acordar, levantar-me da cama."
Essa atitude renovada afetou também o seu corpo: perdeu peso, sente-se mais leve, mais confiante, mais viva.
"Olho-me ao espelho e gosto da imagem que vejo. Algo que há muitos anos não acontecia."
Uma Mensagem de Esperança
Hoje, Emília partilha o seu testemunho para que outras pessoas com fibromialgia ou doenças invisíveis saibam que há alternativas reais — desde que exista abertura para mudar.
"Não desistam. Procurem apoio. Sei que não é fácil encontrar esse apoio nos amigos nem na família... mas procurem. Só quem passa por isto é que sabe."
Faz ainda um apelo à humildade e à mente aberta:
"As pessoas que acham que sabem tudo são as que mais precisam de ajuda. Quem acredita que ninguém o pode mudar, é quem mais precisa de mudança."
E resume, com serenidade e lucidez, o que aprendeu:
"Todos os dias aprendo algo novo, mesmo sobre mim própria. Coisas que eu achava que não conseguia."
Hoje, Emília não vive sem dor. Mas vive com mais amor, mais propósito e, sobretudo, com uma liberdade interior que há muito julgava impossível.
Você também sofre com dores crónicas ou fibromialgia?
Na Clínica da Mente, compreendemos como as doenças invisíveis podem afetar profundamente a sua qualidade de vida. A nossa abordagem terapêutica vai além dos sintomas físicos, ajudando-o a encontrar novas formas de lidar com a dor e recuperar o gosto pela vida.
Assim como a Emília, você também pode redescobrir a sua força interior e viver com mais autonomia e bem-estar.
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Assista ao vídeo completo do testemunho da Emília na série "Eu Dou a Cara" da Clínica da Mente: