Marta: Uma Vida Controlada Pelos Ataques De Panico
O primeiro ataque de pânico: o início de tudo
O dia parecia banal: uma manhã de faculdade, uma ida à casa de banho antes da aula. Mas, de repente, o corpo de Marta entrou em colapso. Sem qualquer aviso ou explicação, sentiu um pânico avassalador e sintomas físicos tão intensos que pensou que ia morrer.
"Eu não sabia o que é que estava a acontecer, achei mesmo: 'Está-me a dar um ataque, qualquer coisa. Tenho que ir para o hospital'. Foi mesmo horrível."
Com o peito apertado, falta de ar e formigueiro no corpo, Marta começou a perder o controlo das sensações físicas e até da consciência.
"Deixei de sentir o corpo, deixei de sentir os braços, deixei de sentir as pernas, não conseguia mesmo respirar… Havia momentos em que estava lúcida e ainda ouvia as pessoas. Havia outros momentos em que desligava completamente."
A experiência foi tão intensa que a descreve como um pesadelo vivido em tempo real — uma mistura de terror, impotência e sensação de morte iminente.
"Parece que vamos morrer. É como se estivéssemos num pesadelo na vida real e não temos qualquer controlo sobre o corpo ou a mente."
Na altura, não fazia ideia de que aquilo era um ataque de pânico. Acreditava que tinha algum problema físico grave.
A origem silenciosa da ansiedade
Só mais tarde Marta percebeu que a sua ansiedade já vinha de longe. Desde criança que sentia tensão constante, mas nunca tinha sido capaz de lhe dar um nome.
"Sempre fui uma criança ansiosa, mas na altura não se falava muito sobre isso. Eu nem entendia o conceito de ansiedade, nem conseguia reconhecer: 'Ok, isto é ansiedade, eu preciso de ajuda'."
A transição para a faculdade foi o momento de rutura. As mudanças, a pressão académica e a falta de apoio tornaram-se demasiado difíceis de gerir.
"A mudança para a faculdade foi a gota de água. Não aguentei a pressão… Era demasiada informação, demasiada mudança. Senti-me a afogar mesmo."
Com o tempo, os ataques de pânico tornaram-se cada vez mais frequentes. Passou a tê-los em qualquer lugar — em casa, na rua, sozinha. Deixou de conseguir ir às aulas. Acabou por congelar a matrícula.
"Comecei a ter cada vez mais ataques de pânico. Até que tive que congelar a matrícula porque não conseguia sair de casa sequer para ir para a faculdade."
Apesar de tudo, Marta demorou a admitir que precisava de ajuda. Sabia que era necessário procurar tratamento, mas o medo de reviver a dor e ter de "escavar as feridas" era grande demais.
"Eu sabia que precisava de ajuda, mas tinha medo. Já estava a sofrer e achava que fazer terapia ia fazer-me sofrer ainda mais."
A descoberta de uma nova abordagem
Depois de várias tentativas com terapias convencionais que não resultaram, Marta chegou à Clínica da Mente num estado de exaustão e descrença.
"Eu não acreditava que funcionasse, mas já estava por tudo. Tinha tentado outras terapias e não tinham funcionado para mim."
Na primeira consulta, ainda desconfiada, observou mais do que participou. Mas algo começou a mudar. Sentiu que ali não precisava de se justificar — era compreendida.
"Lembro-me de sair da consulta e a minha mãe estar entusiasmada. E eu só pensava: 'Não sei se isto vai funcionar.' Mas era diferente. Não era só falar, falar e ir para casa igual."
O que a Clínica da Mente lhe trouxe foi mais do que espaço para falar: trouxe-lhe ferramentas práticas, um plano, e — sobretudo — confiança de que podia sair daquele ciclo.
"Aqui o tratamento permite isso. Dá-nos soluções. Não só um espaço para falar, mas força para resolver os problemas."
Começou lentamente a recuperar. Os primeiros sinais foram discretos, mas poderosos: uma vontade renovada de pensar no futuro.
"Lembro-me de um dia estar em casa e pensar: 'Vou começar a ver coisas da faculdade.' E parei e pensei: 'Espera, eu estou melhor. Já consigo pensar na faculdade sem pânico.'"
Ser livre e voltar a ser quem sou
A ansiedade que a controlava começou a perder força. Marta voltou a sair de casa sem medo. Quebrou o ciclo do pânico antecipatório — aquele pensamento constante de que ia ter um ataque.
"Sempre que saía de casa pensava: 'Vou ter um ataque de pânico'. E era esse pensamento que me fazia ter um. Agora deixei de ter esse condicionamento."
Recuperou não só a mobilidade, mas a liberdade interior. Voltou a sentir-se autêntica, capaz de ser quem realmente é.
"Sentia que a ansiedade controlava completamente a minha vida e não me deixava ser quem eu queria ser. Agora já consigo fazer as coisas que queria fazer."
A capacidade de sonhar com o futuro regressou. De ver crescimento, possibilidades, e não apenas sofrimento à frente.
"Chegou a um ponto em que eu nem conseguia imaginar um futuro para mim. Agora olho para o futuro e vejo que estou a crescer todos os dias. E estou feliz."
O mais importante, para si, foi ter tido a coragem de dar o primeiro passo. E esse passo mudou tudo.
"Tenho muito orgulho em mim por ter tido a coragem de começar. O caminho fui eu que tive de percorrer."
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Marta: Uma vida controlada pelos Ataques de Pânico | Eu Dou a Cara