Encontrando Equilíbrio Entre o Anjo e o Diabo
A jornada de Hugo para aceitar a necessidade de ajuda e recuperar o bem-estar
Quando a ansiedade tira o ar
A ansiedade pode manifestar-se de formas intensas e inesperadas. Para Hugo, os ataques noturnos eram particularmente angustiantes, como ele descreve no início do seu testemunho.
"Por volta das duas ou três da manhã, no meio da noite, sentia-me tão mal que quase não conseguia respirar. Tive de me levantar da cama e ir para a varanda apanhar ar fresco."
Um dos aspetos mais frustrantes da sua experiência era a incapacidade de identificar a causa destes ataques, especialmente porque, aparentemente, não havia razões óbvias para tal sofrimento.
"Aquilo aparece não sei de onde, pronto, não consigo apontar exatamente, não consigo identificar uma razão concreta para dizer: 'Olha, é por causa disto'."
A exaustão do diálogo interno
O constante processamento mental e o diálogo interno incessante tornaram-se uma fonte significativa de desgaste para Hugo, afetando profundamente a sua energia e bem-estar.
"Eu passo muito tempo a pensar, a dar voltas na minha cabeça, a tentar perceber o que se passa... Isso esgota, esgota completamente uma pessoa."
Esta batalha mental constante manifestava-se também como uma profunda falta de motivação, algo que Hugo nunca tinha experimentado antes na sua vida.
"O pior é aquela sensação... acordar de manhã e não ter vontade de fazer absolutamente nada, mesmo nada."
O anjo e o diabo nos ombros
Hugo descreve de forma vívida o conflito interno que vivia diariamente, como uma batalha constante entre vozes contraditórias na sua mente.
"É como ter aqui nos ombros aquele diabinho e o anjinho, um a dizer 'faz assim', o outro 'não faças assim', e depois 'agora faz isto', 'não, não faças isso'."
Este conflito interno era particularmente difícil de aceitar para alguém que tinha dedicado a sua vida profissional a ajudar os outros a superar os seus problemas.
De assistente social a paciente
A ironia de se encontrar a precisar de ajuda após uma carreira a ajudar os outros não escapou a Hugo, e tornou-se um obstáculo significativo no seu processo de recuperação.
"Eu fui assistente social durante mais de 20 anos. É difícil aceitar... ajudei tanta gente, e agora sou eu que estou a passar por isto."
A sua experiência profissional, em vez de ser uma vantagem, tornou-se inicialmente um impedimento para reconhecer a necessidade de ajuda externa.
"Eu pensava que conseguia resolver tudo sozinho por causa da minha experiência, por causa daquilo que tinha feito durante toda a minha vida profissional."
A difícil decisão de pedir ajuda
Para Hugo, admitir que precisava de ajuda foi talvez o passo mais difícil da sua jornada, especialmente considerando a sua identidade profissional como alguém que ajudava os outros.
"Foi extremamente difícil pedir ajuda porque eu nunca pensei que iria precisar da ajuda de alguém."
Quando finalmente procurou ajuda médica, Hugo recusou a abordagem puramente medicamentosa, sentindo intuitivamente que precisava de algo mais profundo para resolver os seus problemas.
Encontrando o caminho para a recuperação
Na Clínica da Mente, Hugo encontrou o espaço seguro que precisava para explorar os seus sentimentos e pensamentos sem julgamento. Hoje, ele valoriza profundamente este apoio e reconhece como foi fundamental para a sua recuperação.
Apenas saber que tem uma consulta marcada já lhe traz alívio e reduz a sua ansiedade. Ele enfatiza que as interações são realistas e personalizadas, não se limitando a prescrever medicamentos.
Hugo conclui o seu testemunho com uma mensagem poderosa sobre a importância de pedir ajuda. Ele encoraja outros a não sentirem vergonha por precisarem de apoio, independentemente da sua situação ou experiência de vida.
O seu testemunho é um lembrete de que a saúde mental afeta pessoas de todas as origens e profissões, e que reconhecer a necessidade de ajuda é um sinal de força, não de fraqueza.
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Se você ou alguém que conhece está a enfrentar desafios de saúde mental como ansiedade, conflitos internos ou falta de motivação, saiba que não está sozinho e que há ajuda disponível.
Na Clínica da Mente, a nossa equipa de profissionais especializados está pronta para ajudar no seu processo de recuperação, utilizando a abordagem inovadora da Psicoterapia HBM.
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