Todos nós temos medo, é natural ter. A verdade é que ninguém sabe como vão ser os próximos meses. Sem dúvida, a vida vai ser ainda mais difícil. Não nos iludamos, vai ser mau. Contudo, sofrer por antecipação não nos leva a lado nenhum.
Todos nós temos medo, é natural ter. A verdade é que ninguém sabe como vão ser os próximos meses. Sem dúvida, a vida vai ser ainda mais difícil. Não nos iludamos, vai ser mau. Contudo, sofrer por antecipação não nos leva a lado nenhum.
O ficar em casa e o teletrabalho começam a ser para mim o Novo Normal. No entanto, é importante ter consciência de que, daqui por uma ou duas semanas, iremos novamente mudar o nosso ritmo de vida. Neste sentido, vamos continuar a aproveitar e desfrutar de cada momento…
Vamos então descomplicar minha gente! A revolução do 25 de abril de 1974 trouxe, para a maior parte dos portugueses, um sentimento comum, a Esperança. Esperança num futuro melhor, com melhores condições de vida e com mais liberdade. Nunca esta Esperança fez tanto sentido como hoje! Não acham?
É tempo de olhar para a frente, guardar as boas memórias dentro do coração, adaptarmo-nos a esta nova realidade e acreditar que iremos viver e registar outros bons momentos. A confiança no futuro deve ser maior do que a vontade de regressar ao passado.
Fazendo uma retrospetiva destas semanas, admito que sinto um orgulho imenso enquanto cidadã e ser humano. Dia após dia, são noticiadas situações que nos aquecem a alma. É tão bom perceber que o caos fortalece o nosso espírito de união e de entreajuda.
Talvez tenhamos perdido para sempre a normalidade que conhecíamos. Esta pandemia está a deixar marcas profundas em todos nós, tanto nos nossos comportamentos como também na nossa forma de ser e de sentir. Socialmente falando, não sabemos o que irá acontecer daqui por dois ou três meses e isto assusta-nos.
Poderia estar a desenvolver toda uma explicação teórica à volta das melhores estratégias para lidar com tudo isso. A verdade é que este é o meu desabafo e só vos quero dizer: “vamos confiar no tempo”. Vamos continuar a ser responsáveis uns pelos outros, travar a propagação deste vírus.
Este é o momento para nos testarmos emocionalmente. Percebermos até que ponto é que conseguimos estar bem connosco, com as nossas emoções. Estes dias podem ser aproveitados para iniciar um processo de autorreflexão, perceber quem nós somos, quem gostaríamos de ser e o qual o significado que queremos dar à nossa vida.
Este vírus não é algo que acontece só aos outros, e nem tão pouco aos mais idosos. O que me custa mais é ver pessoas que teimam em não respeitar as recomendações. Esta minha partilha não pretende ser uma reflexão, mas simplesmente o desabafo de quem está longe dos seus e que sente o coração a apertar de saudade.
Não está sozinho(a). Dê o seu melhor, dia após dia. Não existe uma fórmula mágica que vai eliminar o que está a sentir neste momento. Mantenha-se informado e mais importante ainda, ligue-se com as pessoas que mais gosta. Caso sinta que, apesar de tudo, o seu estado emocional está a ficar descontrolado, procure ajuda.