Alice: Viver num Balão de Ansiedade
Quando o Peso da Vida se Torna Demasiado
Alice sempre foi uma mulher resiliente. Como chefe de cozinha e co-proprietária de um negócio familiar, habituou-se a lidar com pressão e exigências diárias. Mas, aos poucos, as responsabilidades acumularam-se de forma silenciosa e implacável.
"A gente vai um dia engole uma coisa, outro outra, até que chega um ponto, não é? E pronto, o saco enche como se costuma dizer."
Esse "saco cheio" traduzia-se em exaustão emocional, falta de clareza mental e um mal-estar constante no trabalho. A paixão pela cozinha foi sendo substituída por um cansaço que não passava. E, quando procurou ajuda médica, ouviu pela primeira vez a sugestão que lhe mudaria o rumo: procurar um psiquiatra.
"Eu não me sentia bem no trabalho, sentia-me muito cansada. Qualquer coisa me… a cabeça ficava, pronto, muito… era horrível."
O Fundo do Poço e a Fuga da Realidade
Com o tempo, Alice afundou-se num estado de desânimo profundo. A dor era tanta que, em certos momentos, a ideia de morrer parecia uma saída. O mais alarmante? Nem os filhos que ainda estavam a estudar conseguiam travar esse pensamento.
"Eu às vezes até pensava: 'Eu se morresse hoje acho que…' Quer dizer, nem pensava nos filhos que tinha ainda… não pensava isso, porque estava mesmo… desanimada."
O choro tornou-se rotina. Refugiava-se no quarto, tomava a medicação e dormia horas seguidas. Dormir era a única forma de fugir daquele sofrimento.
"Sabe o que é? Só me apetecia chorar. Chorava, tomava medicação, dormia… Acordava, comia, tomava mais medicação e dormia outra vez."
No entanto, a medicação era apenas um escape temporário. Os problemas permaneciam à espera de atenção, prontos para regressar sempre que os comprimidos deixavam de fazer efeito.
"A medicação alivia-nos, mas depois aquilo continua lá. Enquanto a gente não resolver…"
O Início de Uma Nova Etapa
Alice reconhecia padrões: todos os anos, durante o outono e a primavera, os sintomas intensificavam-se. Durante muito tempo, limitava-se a ajustar a medicação, mas sem nunca tratar as causas.
Até que um dia, perante um acumular de pressões familiares e profissionais, chegou ao limite.
"A gente vai aguentando, vai aguentando… até que chegou a um ponto e eu disse: 'Não, eu tenho mesmo que parar.'"
Parou. Afastou-se do trabalho por quase três meses e foi nesse tempo de pausa que decidiu procurar uma abordagem diferente. Chegou então à Clínica da Mente — em busca de uma solução real, com vontade de não voltar "àquilo".
"Foi isso que me trouxe aqui. Resolver o problema e, se surgirem outras coisas, saber lidar com elas. Porque eu não quero voltar àquilo que eu passei."
Da Pressão ao Alívio: O Efeito da Psicoterapia
Alice descreve o estado em que chegou à clínica como "um balão prestes a explodir". Um corpo inchado de emoções reprimidas, ansiedades acumuladas e uma mente à beira do colapso.
"A sensação que eu tinha era de que estava como um balão. Sentia-me inchada, assim…"
Mas o que encontrou na Clínica da Mente foi diferente de tudo o que já tinha experimentado com outros psicólogos e psiquiatras. Com a Psicoterapia HBM, sentiu, pela primeira vez, um alívio real.
"Nunca tinham feito nada daquilo. E aquilo aliviou-me muito. Parece que tudo o que eu tinha aqui dentro… saiu. Consegui botar tudo cá para fora."
A transformação não foi apenas interna. O marido e a filha também notaram mudanças quase imediatas.
"A minha filha dizia: 'Oh mãe, estás mais calma.' E o marido também notava."
Cada sessão trazia mais clareza, mais leveza. Alice começou a aguardar ansiosamente pelas próximas consultas.
"Sentia-me tão bem que estava sempre a ver quando era a próxima… fazia-me mesmo bem."
Sentiu-se tão bem que, quando a terapeuta lhe perguntou se já se sentia preparada para voltar ao trabalho, a resposta foi afirmativa.
"A doutora perguntou: 'Acha que está preparada?' E eu disse: 'Acho que sim.' E voltei."
Mas não voltou igual. Voltou com energia, ideias novas e entusiasmo.
"Ia na minha cabeça a pensar no que ia fazer, como surpreender os clientes. Estava diferente."
A Nova Alice: Mais Forte, Mais Consciente
Hoje, Alice olha para trás e vê uma transformação real. Continua amiga dos outros, mas já não se esquece de si.
"Continuo a ser amiga das pessoas, mas eu também tenho que cuidar de mim."
Cuidar de si deixou de ser um luxo. Passou a ser uma necessidade. Aprendeu que não pode dar aos outros aquilo que não tem. E que não vale a pena viver a vida esquecendo-se de si própria.
"Se eu não estiver bem, nem cuido dos outros, nem de mim."
Há também uma mudança na forma como olha para o mundo. A antiga Alice era mais pessimista, mais fechada. Agora, há abertura, há vontade, há uma nova maneira de ver as coisas.
"Vejo as coisas de maneira diferente do que via há uns anos."
E há algo que brilha com força: a autoestima. Hoje, Alice olha-se ao espelho e gosta do que vê — por dentro e por fora.
"Levanto-me, olho-me ao espelho e sinto-me bonita. A outra Alice saía de casa triste. Agora não é assim."
A Mensagem de Quem Já Conheceu o Fundo
Se há algo que Alice aprendeu, é que não vale a pena esperar pelo fundo do poço para procurar ajuda. A sua mensagem é clara:
"Nunca se deixem arrastar até ao fundo. Ao primeiro sinal, recorram a pessoas especializadas. Estar no fundo é horrível — para nós e para quem nos rodeia."
A sua história é um exemplo de como é possível transformar uma vida marcada pelo cansaço, ansiedade e tristeza numa vida com propósito, serenidade e autocuidado.
Você também se sente como um "balão prestes a explodir"?
Na Clínica da Mente, compreendemos como a ansiedade pode acumular-se silenciosamente até se tornar insuportável. A nossa abordagem terapêutica pode ajudá-lo a libertar essa pressão e encontrar um novo equilíbrio.
Não espere chegar ao fundo do poço. Como a história de Alice nos mostra, é possível recuperar a alegria de viver e uma nova perspectiva sobre si mesmo e sobre o mundo.
Marque uma ConsultaVeja o Testemunho Completo
Assista ao vídeo completo do testemunho da Alice na série "Eu Dou a Cara" da Clínica da Mente: