Dia Mundial do Sonho: a importância dos sonhos e dos objetivos

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No Dia Mundial do Sonho questionamo-nos sobre a necessidade de definir objetivos, de ter sonhos. Afinal, porque é que devemos projetar, idealizar os nossos sonhos, os nossos objetivos?

A importância dos Sonhos

Se dissermos à nossa mente o que nos dá prazer, partindo do princípio que todos os processos mentais têm como objetivo aproximarmo-nos do prazer, fugindo à dor, a mente fará com que todos os pensamentos e comportamentos nos levem em direção do prazer que são os nossos sonhos e objetivos. Na maior parte das vezes, tudo o que já conseguimos, conseguimos porque de uma forma inconsciente as nossas escolhas nos levaram lá. 

As nossas decisões e escolhas baseiam-se na análise das nossas crenças, naquilo que acreditamos ser melhor para nós, decidimos sempre ter prazer e sentirmo-nos bem, fugindo à dor e ao desconforto. Tudo o que fazemos, até os pequenos gestos que temos, são resultado das nossas decisões, decidimos até coçar ou não coçar o nariz. Na maior parte das vezes, não temos consciência das escolhas que fizemos, ou seja, agimos de determinada forma sem termos pensado nisso, mas mesmo nos comportamentos em que não tivemos consciência das decisões que tomamos, decidimos… mas sem a consciência disso pois foram ações inconscientes.  

A nossa vida está repleta de estímulos que nos obrigam a escolhas e decisões, e, por isso, não temos tempo para pensar em todas elas. Ao longo do tempo, a nossa mente, com o processo de aprendizagem, vai adquirindo estratégias automáticas de decisão, de escolhas e ação. Quando estamos a aprender a conduzir um carro, no início temos que pensar em todas as ações, até pensar com que pé vamos carregar no travão, mas esse processo de ação com a repetição e validação dos comportamentos, será automatizado numa ação inconsciente. Assim, mais tarde, uma pessoa experiente na condução, quando precisa de travar, não pensa com que pé trava, trava e pronto.

Todas as ações que temos produzem os nossos resultados, mesmo as ações inconscientes. Os resultados são aquilo que resulta da nossa ação, que obtemos após termos agido de determinada forma. Os resultados obtidos através das ações conscientes são os resultados que esperamos, mas não esperamos os resultados das ações inconscientes, mas obtemo-los de igual forma.
Todos os dias nos esforçamos para pensarmos nas melhores ações para atingirmos os resultados que queremos, como ganhar mais dinheiro, trabalhar melhor, educar melhor os filhos, e, pelo pensamento, pela análise das experiências, controlamos os resultados, mas não controlamos os outros resultados obtidos por decisões inconscientes.

Então como ter bons resultados, mesmo nas ações que não controlamos?

Tal como conduzir um carro, para atingirmos os nossos objetivos de chegar a um qualquer destino devemos, em primeiro lugar, aprender. A aprendizagem é o processo mental em que adquirimos competências, em que automatizamos os processos que nos vão ajudar a atingir objetivos. Devemos procurar aprender da melhor forma, copiando pessoas que fazem bem as ações que queremos reproduzir, sendo que o melhor processo de aprendizagem é a avaliação dos nossos resultados e a provocação da sua variação com a mudança das nossas ações. 

Se a aprendizagem é importante para se atingir resultados, mais importante ainda é saber para onde se quer ir. Só quem sabe onde quer chegar é que lá chega. Assim, para que a nossa mente tome as decisões inconscientes que nos ajudem a atingir resultados prazerosos de bem-estar, é preciso que lhe digamos onde queremos ir. Através do processo de introspeção, vamos definir para nós mesmos o que queremos, o que amamos, porque vale a pena viver a vida, porque vale a pena esforçarmos e vivermos experiências dolorosas.

balões coloridos no céu azul

Assim que a nossa mente saiba onde está o prazer, tudo fará para o atingir, com ações conscientes e inconscientes. Quando lá chegarmos, demore o tempo que demorar, olharemos para o caminho percorrido e perceberemos que o que nos ajudou a atingir os resultados que sonhamos foi …. a sorte. Mas… a sorte de ter programado a nossa mente para aproveitar todas as oportunidades que nos surgiram, por mais escondidas que estivessem. A sorte de ter sentido uma motivação feroz para continuar o caminho, mesmo quando pensamos que não sabíamos por onde ir ou quando sentimos que falhamos… A sorte que tivemos quando os nossos olhos e ouvidos nos fizeram prestar atenção a assuntos que não pareciam importantes…. A sorte de ter decidido caminhar por caminhos mais árduos…. A sorte de saber o que queríamos… Projetar os sonhos dá-nos sorte!