O que é Depressão Bipolar?

A Depressão é muitas vezes caracterizada como: Leve, Moderada, Grave, Distimia, Crónica, Endógena, Sazonal, Pós-parto, Reativa, Maior, Atípica, Borderline, Bipolar, entre outras.

Estes são alguns dos termos que a medicina convencional usa para definir os estados depressivos. Não são mais do que catalogações dos sintomas demonstrados pelas pessoas. Estas designações ou rótulos com que marcam os seus “pacientes” não ajudam em nada à cura, funcionam apenas como um placebo onde os “pacientes”, na ausência de respostas, encontram uma doença com um nome pomposo e definido: Depressão Borderline parece ser melhor do que andar desorientado ou revoltado. Isto porque Depressão Borderline parece ser uma doença, e a Desorientação e a Revolta não.

Há uma ressalva a fazer nestas terminologias: no caso da Depressão Bipolar, os manuais de psiquiatria definem a Bipolaridade como uma variação de humor – variando de estados Depressivos a estados Maníacos.

O modelo psicoterapêutico HBM não concorda inteiramente com esta definição: considera que a Depressão Bipolar é, na verdade, um conjunto de dois estados e não um só. Estes dois estados são um estado Depressivo e um estado Maníaco ou Psicótico. Também pode acontecer que algumas pessoas entrem em estados depressivos como consequência dos seus estados maníacos.

Define-se muitas vezes que estados maníacos são também estados de Euforia. Mas devemos saber que euforia não é estar muito bem disposto e alegre: muitos doentes são catalogados bipolares porque tem estados depressivos e de euforia, quando na realidade a euforia deles são estados de felicidade e boa disposição.

A Mania pode ser definida também como surto psicótico, onde há perda da noção da realidade, e é frequente estas pessoas sofrerem de alucinações sensoriais. Estes episódios psicóticos acontecem por alteração bioquímica do cérebro ou por demência cerebral. As alterações químicas esporádicas mais frequentes são provocadas pelo consumo de substâncias tóxicas ao cérebro, tais como drogas ilegais ou drogas legais, como as farmacológicas. Quando as pessoas depressivas tomam psicofármacos, podem desenvolver os surtos psicóticos como sintoma não desejado da ação do próprio medicamento, tal como identificado na bula da medicação farmacológica.

O Modelo Psicoterapêutico HBM é aplicável a casos de Mania ou surtos psicológicos?

O Modelo HBM vê estes sintomas como problemas do foro neurológico e não mental, tal como a esquizofrenia, pelo que as nossas soluções não são eficazes, apenas complementares, capacitando o doente com recursos para suportar as adversidades do estado.

A Psicoterapia HBM trata a Depressão Bipolar?

90% dos casos que nos chegam “rotulados” como Depressão Bipolar estão mal diagnosticados.

A maior parte destas pessoas varia, sim, de estado, mas de normal a depressivo, e normal não é um estado perturbado. Por isso, quem não tem episódios de Mania como identificado acima, tem apenas uma Depressão, e luta incessantemente para sair desse estado. Por vezes consegue… Outras não. A Psicoterapia HBM pode Ajudar.

Conclusão

A Depressão é um estado! É um estado em que a nossa mente tenta processar as emoções negativas e fortes de experiências vividas. Não conseguimos viver normalmente enquanto sentirmos as emoções fortes e constantes de Mágoa, Raiva, Medo, Angústia, Saudade… entre outras. Por isso, a nossa mente entra em estados depressivos para que possamos processar essas emoções, e quando o conseguimos fazer deixamos esses estados e voltamos ao normal.

Um estado depressivo normal e comum é o luto. Quando morre alguém que amamos, as emoções associadas a essa perda preenchem por completo a nossa estrutura emocional, desestabilizando-a, e por isso entramos num processo de reflexão, de contemplação interior, de descobrimento… de pensamento. A este processo chamamos de luto, mas não é mais do que um estado depressivo. E quando saímos desse estado? Saímos de um estado de luto quando nos conseguimos dissociar das emoções fortes que nos perturbavam o sistema emocional, que nos faziam chorar, que nos faziam perder o apetite, a motivação…. Assim compreendemos que saímos dos estados depressivos quando nos dissociamos das emoções que nos perturbam.

No entanto, há estados depressivos tão fortes que não nos conseguimos libertar sozinhos, mesmo passando muitos anos. Por isso desenvolvemos o Modelo Psicoterapêutico, pois, ao conhecer a mente humana, conhece também cada indivíduo e ajuda-o a dissociar-se das emoções que o perturbam, num processo rápido e eficaz.