Tristeza persistente pode ser sinal de depressão, alertam especialistas

A depressão é uma perturbação emocional que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode manifestar-se de forma silenciosa. Segundo especialistas, o alerta deve ser dado quando a tristeza persiste por mais de duas semanas, sem uma causa concreta, e passa a interferir no bem-estar e na rotina da pessoa. Este é um critério que está alinhado com as orientações clínicas internacionais para o diagnóstico da depressão, como as do manual DSM-5, utilizado por profissionais de saúde mental em todo o mundo.

Os sintomas mais comuns incluem alterações no sono, perda de interesse pelas atividades habituais, cansaço constante, dificuldade de concentração e pensamentos negativos. Ainda assim, os sinais nem sempre são fáceis de identificar.

Estudos indicam que a depressão é uma das principais causas de incapacidade no mundo e está associada a um impacto significativo na vida pessoal, profissional e social.

Apesar da gravidade, é comum que muitas pessoas minimizem os sinais ou evitem procurar ajuda. O medo do julgamento ou a ideia de que “vai passar com o tempo” levam frequentemente a atrasos no diagnóstico e tratamento.

Especialistas reforçam que a depressão tem tratamento, e que a psicoterapia é uma das abordagens mais eficazes para a recuperação. Modelos terapêuticos centrados na pessoa, como o que é utilizado na Clínica da Mente, procuram identificar a origem emocional do sofrimento e ajudar o paciente a desenvolver novas formas de lidar com os seus pensamentos e emoções.

Se sente que perdeu o entusiasmo pela vida ou tem notado alterações persistentes no seu estado emocional, a recomendação é procurar apoio profissional o mais cedo possível.

Referência

DSM-5 Criteria for Major Depressive Disorder, American Psychiatric Association.