Descubra as Razões Por Trás dos Ataques de Pânico que Não Param

Pedro Brás explica por que os ataques de pânico persistem, mesmo após várias tentativas de controlo, e como a Psicoterapia HBM pode ajudar a quebrar esse ciclo.

Ataques de Pânico: Quando o Medo Aparece Sem Aviso

Ilustração sobre as razões dos ataques de pânico

Imagine estar a conduzir, a fazer compras ou simplesmente a descansar, e ser subitamente invadido por uma onda de medo intenso, dificuldade em respirar, dor no peito, tonturas ou sensação de perda de controlo. Mesmo sem uma ameaça real, o corpo reage como se estivesse em perigo de vida.

"Não é só ansiedade. É uma resposta extrema e súbita do corpo e da mente a algo que nem sempre é visível."

Estes episódios são os chamados ataques de pânico — e quem já os experienciou sabe o quanto podem ser debilitantes.

Mas Se Já Procurei Ajuda, Por Que Continuam?

Apesar de consultas, exames médicos e até mudanças no estilo de vida, muitas pessoas continuam a sofrer ataques de pânico. Eis algumas razões pelas quais este ciclo pode persistir:

1. O Trauma do Primeiro Ataque

O primeiro episódio costuma ser marcante — e traumático. A memória emocional associada cria uma constante vigilância. Esse medo de “voltar a acontecer” alimenta o próprio ciclo.

2. Gatilhos Inconscientes

Muitas vezes, o ataque de pânico não é causado por algo óbvio. Pode estar ligado a emoções reprimidas, traumas antigos ou conflitos internos que não foram processados. E como não se veem, são difíceis de antecipar.

3. Foco Exagerado no Corpo

Após viver um ataque, é comum ficar excessivamente atento a qualquer batimento acelerado ou mudança na respiração. Esse controlo exagerado pode gerar mais ansiedade — e desencadear um novo episódio. De facto, uma investigação conduzida por Helen Kirby na University College London (UCL), comprovou que a atenção excessivamente focada nas próprias sensações corporais (atenção auto-focada) desempenha um papel crucial na manutenção e persistência dos ataques de pânico. Este estudo demonstrou como essa hipervigilância às sensações internas pode intensificar a perceção de ameaça e, consequentemente, perpetuar o ciclo de pânico.

4. Evitar Situações Temidas

Evitar locais onde os ataques aconteceram pode parecer uma solução. Mas, com o tempo, esse comportamento restringe a liberdade e aumenta o medo, tornando o mundo cada vez mais pequeno.

5. Falta de Tratamento Emocional Profundo

Focar apenas nos sintomas — com técnicas de respiração ou medicação — pode aliviar, mas não resolve o núcleo emocional que alimenta os ataques. Sem tratar a causa, o problema mantém-se.

Como a Psicoterapia HBM Pode Ajudar

Na Clínica da Mente, o Programa de 8 Semanas com Psicoterapia HBM foi desenhado para ir à raiz do problema. Esta abordagem terapêutica trabalha diretamente com os bloqueios emocionais e padrões inconscientes, ajudando a:

  • Identificar os gatilhos emocionais
  • Libertar tensões acumuladas e traumas antigos
  • Reestabelecer a confiança no próprio corpo
  • Reduzir o medo e a vigilância constante

"Tratar o ataque é como silenciar o alarme. Mas a cura verdadeira está em reparar o circuito que o faz disparar."

Há Esperança Para Quem Não Quer Viver Com Medo

Viver com medo de ter um novo ataque de pânico é exaustivo. Mas é possível quebrar esse ciclo.

A chave não está apenas em controlar — mas em compreender. Escutar o que o corpo está a tentar dizer pode ser o primeiro passo para uma vida mais livre e segura.

"A recuperação começa quando paramos de lutar contra o sintoma — e começamos a ouvir o que ele nos quer mostrar."

Saiba mais sobre o Programa de 8 Semanas com Psicoterapia HBM

Referências:

Kirby, H. (1997). The Role Of Self-Focused Attention In Panic Disorder And Depression (Doctoral dissertation, University College London).