Ataques de Pânico: Equiparável à Sensação de Morte Iminente

Como reconhecer os sintomas e encontrar tratamentos eficazes para superar esta perturbação psicológica

Os ataques de pânico são uma experiência extremamente angustiante que afeta milhares de pessoas em Portugal. Muitas vezes confundidos com problemas cardíacos, estes episódios podem ser tão intensos que quem os sofre acredita estar à beira da morte.

Pessoa em situação de ataque de pânico

O que são Ataques de Pânico?

Os Ataques de Pânico são uma perturbação psicológica marcada por um estado de ansiedade extrema, acompanhado de sintomas físicos tão intensos que a pessoa sente uma sensação real de morte iminente.

A primeira vez que ocorre, o ataque surge de forma súbita e sem uma causa aparente. No entanto, o verdadeiro problema não está apenas no ataque inicial, mas sim na forma como ele é interpretado pela pessoa. O medo de voltar a sentir os mesmos sintomas cria um ciclo de ansiedade, gerando um estado de "medo do medo".

Este medo constante de uma nova crise faz com que a pessoa fique em estado de alerta permanente, amplificando ainda mais a ansiedade e tornando os ataques de pânico aparentemente incontroláveis.

"O ataque de pânico é uma experiência tão intensa que muitas pessoas acreditam estar a sofrer um ataque cardíaco ou mesmo a morrer. Esta sensação de perigo iminente é o que torna esta condição tão debilitante."

Quais são os sintomas?

Os sintomas dos Ataques de Pânico podem ser variados, mas são frequentemente confundidos com os de um ataque cardíaco, o que aumenta ainda mais o medo e a sensação de desespero.

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados)
  • Hipersudorese (suor excessivo)
  • Falta de ar ou sensação de sufoco
  • Tonturas e sensação de desmaio
  • Tremores e arrepios
  • Aperto no peito e desconforto torácico
  • Sintomas gastrointestinais, como dores de barriga, náuseas e vómitos
  • Sensação de despersonalização, em que a pessoa sente que está fora do próprio corpo

Esta experiência pode ser tão intensa que a pessoa entra num estado de alerta permanente, sempre com receio de voltar a sentir os mesmos sintomas. Esse medo perpetua o ciclo da ansiedade, fazendo com que os Ataques de Pânico pareçam incontroláveis.

Os sintomas manifestam-se sempre da mesma maneira?

Os Ataques de Pânico podem manifestar-se de formas diferentes em cada pessoa, mas há um fator comum a todos: a intensidade avassaladora dos sintomas.

O medo que se instala durante um ataque de pânico é tão intenso que muitas pessoas sentem que estão a morrer. A sensação de perda de controlo sobre o próprio corpo e a mente torna-se insuportável, levando muitas pessoas a recorrer a hospitais e serviços de urgência, convencidas de que estão a ter um problema grave de saúde, como um ataque cardíaco.

A grande dificuldade dos Ataques de Pânico está no facto de serem imprevisíveis e parecerem incontroláveis, criando um estado de ansiedade permanente, onde o medo de voltar a senti-los alimenta o ciclo da perturbação.

As pessoas têm facilidade em falar deste "problema" e pedir ajuda?

Os Ataques de Pânico continuam a ser rodeados por um forte estigma, o que faz com que muitas pessoas tenham dificuldade em pedir ajuda. A falta de informação sobre o tema leva a que muitas não consigam reconhecer os sintomas, interpretando-os como sinais de fraqueza ou algo que deveriam ser capazes de controlar sozinhas.

Este desconhecimento contribui para um ciclo de sofrimento silencioso, onde o medo e a vergonha impedem a procura de um acompanhamento adequado.

Contudo, o paradigma está a mudar. Atualmente, fala-se cada vez mais sobre saúde mental, e a informação sobre os Ataques de Pânico está mais acessível. Com esta maior consciencialização, muitas pessoas percebem que não estão sozinhas, que há outros a passar pelo mesmo e que existem soluções eficazes para superar este problema.

A partilha de conhecimento e a desmistificação dos Ataques de Pânico são essenciais para que mais pessoas reconheçam os seus sintomas, percam o medo de pedir ajuda e encontrem um caminho para recuperar o bem-estar emocional.

Qual o tratamento mais indicado para os Ataques de Pânico?

Existem diferentes formas de abordar os Ataques de Pânico, mas, infelizmente, a mais comum continua a ser a toma de medicação. Isto acontece porque, à primeira vista, a medicação parece ser a solução mais rápida, fácil e acessível.

É importante reconhecer que a medicação pode ter um papel útil, especialmente no alívio imediato dos sintomas de ansiedade. No entanto, não trata a causa do problema. O que acontece é que os sintomas ficam adormecidos, mas o medo e a origem emocional dos Ataques de Pânico continuam lá, prontos para ressurgir sempre que a medicação for interrompida.

Por outro lado, a Psicoterapia HBM oferece uma abordagem eficaz e duradoura. Este modelo terapêutico utiliza técnicas específicas para identificar e atuar diretamente na raiz do problema, permitindo que a pessoa aprenda a gerir as suas emoções e a eliminar o ciclo dos Ataques de Pânico.

Apesar de exigir mais tempo e empenho, tanto do terapeuta como do paciente, este método proporciona uma verdadeira libertação. Em vez de apenas controlar os sintomas, a Psicoterapia HBM ensina a pessoa a compreender, ressignificar e transformar a sua resposta emocional, garantindo que os Ataques de Pânico não voltem a dominar a sua vida.

O caminho pode ser mais exigente, mas os resultados são reais e duradouros.

Durante anos, vivi com medo constante de ter um novo ataque de pânico. Cada sintoma de ansiedade me fazia entrar em pânico, criando um ciclo interminável. Depois de tentar várias abordagens, encontrei na Psicoterapia HBM uma forma de compreender a origem dos meus ataques e aprender a gerir as minhas emoções. Hoje, posso dizer que recuperei o controlo da minha vida.

- Maria C., 37 anos

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