Credibilidade e Ciência: a validade dos estudos científicos

Resolvemos compilar algumas das questões mais frequentes e colocá-las ao próprio Dr. Pedro Brás. O resultado foi a conversa interessante que publicamos nesta rubrica.

Os estudos científicos que apresenta, que comprovam a eficácia dos tratamentos, são realizados pela própria Clínica da Mente. Isto de alguma forma influencia a sua realização, eticamente falando, e as conclusões tiradas?

Os nossos estudos científicos são, de facto, desenvolvidos por nós, o que por vezes é alvo de críticas, mas isso em nada influencia as suas conclusões. São realizados com o maior rigor científico possível e, os próprios estudos, disponibilizados no nosso site, referem extensivamente quais as suas limitações. O objetivo passa por comprovarmos definitivamente a eficácia de uma estratégia terapêutica e claro que para isso, é necessário muito mais do que temos feito até aqui. Com os recursos disponíveis, estudamos os resultados tidos com os pacientes que ajudamos para que as pessoas que precisam dos nossos serviços saibam os nossos resultados. As nossas publicações são credíveis? São verdadeiras, são 23 profissionais de psicologia que os produzem com toda a honestidade científica e moral. Utilizamos as boas práticas da metodologia científica dentro dos recursos disponíveis, e a expressividade dos resultados mostra um sistema de intervenção eficaz.

Porque não optaram por uma entidade externa para a realização dos estudos em questão?

Pura e simplesmente porque os recursos necessários para efetuar estudos de comprovação a grande escala, para já, não estão ao nosso alcance, não apenas financeiramente, mas principalmente nas entidades envolvidas que têm que de se dispor a essa tarefa, tais como universidades e entidades médicas. No entanto, temos de começar por algum lado e é importante documentar aquilo que temos vindo a fazer para que possa chegar cada vez a mais pessoas. Por isso mesmo, iniciaremos esse caminho junto de algumas Universidades, paulatinamente, mas com rigor e seriedade.

Frequentemente, os pacientes chegam-vos já com um historial longo de problemas e sofrimento. Isto poderá estar relacionado com o facto de a Clínica da Mente acabar por ser uma solução de última linha?

Infelizmente, a medicação ainda se apresenta como primeira linha no tratamento de perturbações emocionais. Independentemente da sua eficácia, e por haver comparticipação estatal, os valores acabam por ser muito mais reduzidos e, portanto, mais apelativos e acessíveis para quem necessita de tratamento, o que poderá explicar o facto de a psicoterapia funcionar como “solução de última linha”.

É falso dizer que a melhoria do paciente poderá ter mais a ver com a passagem do tempo, do que propriamente com o tratamento?

Ou até mesmo dever-se ao conjunto da psicoterapia com a medicação que já poderiam estar a tomar?

O que vos garante que os vossos resultados se explicam apenas pela aplicação do vosso modelo?

Chegam até nós pacientes que sofrem com uma perturbação emocional há décadas, que estão sob o efeito de medicação há imensos anos sem qualquer melhoria, e foi connosco que finalmente encontraram a recuperação. Seria muita coincidência esta melhoria não ser consequência do tratamento. Os nossos resultados consistentes, tanto em pessoas que já experimentaram diversos tratamentos como em pessoas que nos procuram numa primeira fase, fazem crer que temos um sistema que ultrapassa o efeito tempo e mesmo o efeito placebo.

Quer ver a sua pergunta também respondida? Envie-nos as suas questões para pergunta@clinicadamente.com.

pedro brás sentado à conversa fala sobre si e o seu caminho

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