Claudio: Quando O Medo Nao Nos Deixa Viver
O medo que começa a controlar tudo
Para Cláudio, a ansiedade não começou de forma evidente. Foi algo que se foi infiltrando silenciosamente na sua vida, especialmente a partir do momento em que entrou na universidade. A liberdade e a novidade que muitos jovens vivem nesse período, para ele, vieram acompanhadas de um medo crescente — medo de sair de casa, medo de falhar.
"No primeiro ano da universidade comecei a ganhar medo de outras coisas que faziam parte da minha vida. Comecei a ter medo de sair de casa, por exemplo. Sentia um medo de falhar."
Este medo, inicialmente subtil, foi-se instalando. A ansiedade começou a tomar conta da rotina académica e social. Cláudio recorreu à medicação como primeiro recurso — mas o que era suposto ajudar trouxe-lhe novos problemas.
"Como tinha que tomar medicamentos, vinham dores de cabeça, vinham náuseas, enjoos, tonturas... E isso é complicado de lidar, porque depois não ajuda nem na universidade nem na vida social. É insuportável isso."
As consequências eram sentidas em todas as áreas da sua vida, mas talvez nenhuma com tanto peso como na sua identidade enquanto estudante. Entrou na universidade como aluno de excelência, mas rapidamente viu o seu rendimento baixar.
"Entrei na universidade sendo o melhor, e depois passei a ser um aluno mediano baixo, e isso custa. Uma pessoa que entra e ganha um prémio, o único a ganhar o prémio, e depois não corresponde... Pessoas que entraram ao mesmo nível a serem os melhores. Isso custa, claro."
A quebra no desempenho foi mais do que académica — foi pessoal. A ansiedade começou a minar a confiança que tinha em si mesmo, na sua capacidade e no seu valor.
Um ataque de pânico que muda tudo
Durante umas férias, mesmo a tomar medicação, Cláudio teve o episódio que marcaria um ponto de viragem. Um ataque de pânico avassalador, que o deixou com a sensação de estar à beira da morte.
"Estava de férias e, do nada, durante a noite, comecei com o corpo completamente descontrolado. Sem conseguir controlar os movimentos, sem conseguir controlar a respiração... Era basicamente pensar que ia morrer. Sinceramente, pensar que estava a ter um ataque."
O episódio levou-o ao hospital, onde fez exames e foi avaliado — mas saiu de lá sem respostas claras.
"Tive que ir ao hospital, fazer todos os procedimentos, mas ninguém sabia do que era."
A sensação de desorientação aumentava. Não ter um diagnóstico só reforçava a sensação de impotência. Foi então que percebeu que precisava de procurar outra solução. Uma solução que não envolvesse continuar dependente de medicamentos que lhe estavam a fazer mais mal do que bem.
"Foi o clique que tinha que procurar outra solução, sem medicamentos."
Uma abordagem diferente, um efeito imediato
Foi na Clínica da Mente que Cláudio encontrou essa alternativa. E logo após a primeira sessão, sentiu o impacto.
"Na primeira sessão senti logo um efeito brutal. A ansiedade em ir para as aulas, o medo de estar na escola, o medo de falhar... tudo começou a diminuir imediatamente. Até o consumo dos medicamentos começou logo a diminuir."
Um dos sintomas que mais o incomodava eram os tremores constantes — não só pelo desconforto físico, mas pela vergonha que sentia em contextos sociais.
"Os tremores que eram constantes... atualmente já não existem. E logo na primeira, segunda sessão quase que já não tinha nada."
Recuperar o controlo sobre o corpo foi libertador. E com isso veio também o alívio do peso emocional e social que a ansiedade lhe trazia.
"A nível social foi literalmente retornar ao normal. Já consigo sair à vontade, sem preocupações, sem qualquer medo."
Redescobrir quem sou
À medida que os sintomas foram diminuindo, Cláudio começou a refletir sobre aquilo que realmente queria. Percebeu que até então tinha vivido em função de ser "o melhor", de tirar as melhores notas, de não falhar. Mas agora, o valor pessoal não vinha mais das notas — vinha da sua felicidade.
"Antes pensava que era só nota. Que só ia conseguir um trabalho se tivesse boas notas, se fosse o melhor. Atualmente não é isso. Quero fazer algo que me sinta bem a fazer. Em primeiro lugar, coloco a minha felicidade."
Mais do que tratar os sintomas, o processo levou-o a um reencontro com a sua própria identidade — algo que sentia perdido no meio da ansiedade.
"Outra coisa que ganhei foi a minha própria identidade. O tratamento ajudou-me a encontrar isso, sobretudo."
Hoje, Cláudio fala com clareza e confiança. Está presente, sabe o que quer, e deixou de ser controlado por medos antigos. A sua história é um exemplo de que a recuperação é possível — e que, muitas vezes, começa com uma decisão: procurar ajuda e não desistir.
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